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"Não sei se em algum momento cheguei a ver você como outra pessoa ou o tempo todo como uma possibilidade de resolver minha carencia..."
Ele é só um cara. É só um cara. E quer mesmo saber? É um cara como todos os outros caras. Esse que te perguntou as horas no meio da rua – podia ter sido ele e você nem ligou. O mendigo, o ginecologista, o padre, o dealer. Ele estava ali o tempo todo, e não estava. Ele é só um deles. Vários, uma legião, e ninguém mais. É só um cara e não a sua vida. E não todos os dias da sua história, e não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário. Ele não é o destino. É um cara. Existem muitos destinos. Ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios perfumes. Não sabe sangrar, não sabe que nome daria a um filho, não pode ficar mais tempo. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou, e perdeu. Ele é só um cara. E você já esqueceu outros caras antes.
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