"Às vezes, quando ainda valia a pena, eu ficava horas pensando que podia voltar tudo a ser como antes.."

Pois é, hoje já não vale mais. De que adianta o meu desejo louco, que de tão louco chega a doer, de voltar? Voltar já não é mais a opção certa. Ou melhor, de fato nunca foi. É preciso continuar vivendo, conheçendo, chorando, ou até mesmo morrendo. Sim - morrendo. Porque de tanto andar por aqui e por ali, acabei deixando pedaços de VIDA, assim mesmo, com maiúsculas. Vida essa que não vou encontrar jamais, se bem que dessas não sinto mais falta. Tenho minha vida nova agora, minha vida, isso mesmo, MINHA. Eu andei de fato amando loucamente, como a tempos não acontecia. Mais depois a coisa começou a desacontecer, e ficou isto. Chorei, bebi, ouvi Maria Bethania, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, cheguei até a escrever ( juro ). Mais hoje, meu coração já repleto de band-aids e remendos, bate, bate, bate tão forte, mais tão forte que eu chego a pensar que é uma escola de samba. É claro, que como uma boa escola de samba ele tem suas pausas e suas decaídas. Mais como eu já disse: Escola de Samba boa é aquela que toca, mesmo sabendo que não tem mais esperanças de ganhar. Quando se está ainda na metade do trajeto e os 90 minutos já se aproximam, é aquela euforia, aquela anciedade e o típico: Meu deus, não vamos conseguir. De fato não vão, mais não perdem a capacidade de tentar.