domingo, 27 de junho de 2010



Hoje sinto-me bem. Estou de bem comigo mesmo. Longe de você, tantos pensamentos vem e vão em minha cabeça. Estou aprendendo que devo ser forte. Devo ser firme. Devo ver a mim mesma como mulher especial, que sei que sou. Em nome do que vivemos que te envio esta carta. Para dizer que durante duas semans senti demais tua falta, passei noites em claro, pensativa. Dias em escuro, pensativa. Hoje eu acordei feliz, mais também pensativa. Somos livres, somos independentes, somos o que quisermos ser. E eu escolho ser forte e sensível. Hoje eu escolho ser humana.
Não fecharei meus olhos para o sofrimento alheio. Continuarei amável, tranquila e inconformada. Não fugirei dos monstros que vivem dentro e fora de minha mente. Não vou participar de jogos de Ego ou de galáxias egocêntricas. Não vou deixar que me tirem a dignidade ou a estima que tenho por mim. Eu não farei parte dessa massa cega. Não aceitarei felicidades ou alegrias de plástico. Acima de uma mulher eu continuarei sendo um ser humano. Verei a dor de olhos bem abertos e sentirei o sofrimento alheio.
A conversa que eu quis ter com você era essa. Só peço um dia. Que por um dia você esqueça que existe e tente olhar a sua volta. Tente se colocar no lugar de todos a sua volta. Na manhã seguinte, pegue uma venda e decida. Decida se você quer continuar vendo ou se prefere ficar cego por opção.
Eu agradeço do fundo do meu coração por tudo o que se passou entre nós. E somente mais uma coisa te peço. Se você decidir que uma vida cega lhe será suficiente e te fará feliz, que não me procure mais.

Com amor, uma amiga.

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